Apesar de seu envolvimento na tentativa de derrubar o governo dos EUA em 6 de janeiro de 2021, Schaffer recebeu uma sentença relativamente branda.

De acordo com um documento judicial de 14 de outubro, Schaffer foi condenado a três anos de liberdade condicional supervisionada e terá que pagar uma restituição de US$ 2.000, além de uma multa adicional de US$ 200.

O documento afirma que a sentença “reflete a gravidade da ofensa, levando em conta os três meses que o réu passou preso após sua prisão, sua rápida aceitação de culpa e a assistência substancial que ele prestou às autoridades através de seu acordo de cooperação.”

Schaffer aceitou um acordo judicial em abril de 2021, comprometendo-se a colaborar com os investigadores da insurreição de 6 de janeiro e possivelmente testemunhar contra outros envolvidos.

Ele foi inicialmente acusado de seis crimes, mas se declarou culpado de dois: obstrução de um processo oficial do Congresso e invasão de uma área restrita do Capitólio enquanto portava uma arma letal ou perigosa.

O documento de 14 de outubro descreve a participação de Schaffer assim:

“Ele foi um dos primeiros seis indivíduos a invadir o Capitólio pelas portas no lado noroeste, perto do escritório do Parlamentar do Senado. Schaffer usava um colete tático, um boné com a inscrição ‘Membro Vitalício dos Oath Keepers’ e carregava um spray de pimenta para ursos.”

A conduta ameaçadora de Schaffer e dos outros na linha de frente forçou os policiais a recuar, permitindo que a multidão invadisse o Capitólio por essa entrada.

A participação de Schaffer no ataque não foi um ato isolado; foi o resultado de semanas, se não meses, de incitações violentas crescentes feitas por Elmer Stewart Rhodes III, líder dos Oath Keepers, para impedir a transferência de poder de Donald Trump para Joe Biden. Como membro dos Oath Keepers, Schaffer teve acesso a algumas dessas comunicações e participou de uma marcha com o grupo em novembro de 2020 para contestar os resultados da eleição.

No entanto, Schaffer esteve dentro do Capitólio por menos de dez minutos e não feriu diretamente ninguém nem danificou propriedades. Ele também cooperou com as autoridades desde que se entregou, 11 dias após o ataque, fornecendo várias informações úteis e confiáveis.

Apesar disso, Schaffer não participou do planejamento do ataque pelos Oath Keepers (ele não estava envolvido nos chats criptografados do grupo para a operação de 6 de janeiro) e não entrou no Capitólio com eles naquele dia. Por isso, ele não foi acusado de conspiração com outros membros dos Oath Keepers.

Em 16 de abril de 2021, ele aceitou total responsabilidade e se declarou culpado de obstrução de um processo oficial e de invasão de uma área restrita com uma arma letal ou perigosa. Schaffer foi a primeira pessoa a se declarar culpada por participar do ataque de 6 de janeiro, e concordou que os detalhes de seu acordo de cooperação fossem tornados públicos.

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