Em entrevista recente ao Modern Guitar Lab, da Espanha, o guitarrista Adrian Smith falou sobre a dinâmica criativa do IRON MAIDEN e como as músicas da banda costumam nascer. Aos 68 anos, Smith contou que mantém uma rotina bem definida antes de cada novo álbum.
“Eu sempre passo algumas semanas antes de todo disco do Maiden no meu estúdio em casa. Como cada um mora em um lugar diferente do mundo, a gente não fica junto o tempo todo. Então eu costumo chegar com seis, oito ou até dez ideias em formato de demo, já com bateria, guitarras e até algumas melodias”, explicou o músico.
Segundo Smith, essas ideias são então apresentadas a Steve Harris, baixista da banda, ou a Bruce Dickinson, vocalista.
“Hoje em dia o Steve está muito focado em letras e melodias, então muitas vezes ele simplesmente escreve a letra em cima do que eu compus. Mas eu também escrevo letras e títulos”, afirmou.
O guitarrista citou exemplos claros dessa troca criativa.
“Speed Of Light, do álbum The Book Of Souls (2015), nasceu de uma ideia minha. O Bruce gostou do título e desenvolveu o resto. Com The Writing On The Wall, do Senjutsu (2021), foi a mesma coisa: eu tinha o título e uma noção de melodia, e o Bruce levou a música adiante. É isso: provocar ideias nos outros — e isso é ótimo.”
Questionado se usa outros instrumentos no processo de composição, como piano ou bateria, Smith foi direto:
“Basicamente só guitarra. Um pouco de baixo. Até brinco na bateria, mas nada sério. Queria tocar piano, mas acho que exige dedicação diária, e eu não tenho paciência para aprender.”
Por outro lado, ele revelou ser fã de efeitos e equipamentos diferentes, que muitas vezes acabam inspirando novas músicas.
“Em todo álbum eu tento trazer algum efeito novo. Às vezes isso vira uma música. Wasted Years, por exemplo, surgiu quando eu ganhei um sintetizador de guitarra Roland no Japão, nos anos 80. Liguei o aparelho durante um ensaio nas Ilhas do Canal e ele começou a fazer um som maluco, como uma sequência. A partir dali saiu o riff da música. Eu nunca teria criado aquilo sem esse equipamento.”
Outro caso curioso envolve Back In The Village, do clássico Powerslave (1984).
“Eu tinha uma Flying V branca que praticamente nunca usei. Assim que peguei a guitarra, toquei um riff que acabou virando essa música. Nunca mais toquei o instrumento, mas só por isso já valeu o dinheiro”, brincou.

Há cerca de dois meses, o IRON MAIDEN anunciou as datas norte-americanas da turnê mundial “Run For Your Lives”, que celebra os 50 anos de carreira da banda. A excursão passará por grandes arenas e anfiteatros nos Estados Unidos e no Canadá, com uma produção inédita e de grande porte, pensada para palcos gigantes ao ar livre.
O repertório promete ser especial, focado nas músicas dos nove primeiros álbuns do grupo. A turnê começa em Toronto, no Scotiabank Arena, e inclui shows em cidades como Boston, Chicago, Louisville, Los Angeles, entre outras, antes de se encerrar em 2 de outubro, na Cidade do México. Em datas selecionadas, MEGADETH e ANTHRAX participam como bandas convidadas.
A turnê também passa pelo Brasil pelo Brasil em 2026. A banda se apresenta em São Paulo, no Allianz Parque, no dia 25 de outubro, com uma segunda data confirmada para 27 de outubro, no mesmo local, devido à alta demanda. Os shows fazem parte da etapa sul-americana da turnê, que ainda inclui apresentações em países como Argentina, Chile, Peru e Colômbia.
Esses shows marcam ainda os 45 anos desde a primeira passagem do Iron Maiden pela América do Norte, durante a turnê de Killers, em 1981, e incluem algumas das maiores apresentações da banda na região. O retorno ao BMO Stadium, em Los Angeles, nos dias 25 e 26 de setembro, será a 25ª e a 26ª vez do grupo na cidade.
Para os shows europeus de 2025, o Iron Maiden também fez um pedido direto aos fãs: que o uso de celulares seja drasticamente reduzido durante as apresentações, de preferência mantendo os aparelhos no bolso, especialmente nas áreas próximas ao palco.
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FONTE: BLABBERMOUTH.










