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Regravação dos discos de origem do Sepultura: Falta de timing?

Na semana passada, os irmãos Max e Iggor Cavalera anunciaram que trarão novas roupagens para os clássicos dos primórdios do Sepultura.

O lançamento dos remakes  de Bestial Devastaion (1985) e Morbid Visions (1986) ocorrerá pela Nuclear Blast, gravadora alemã que agora integra a dupla ao já vasto cast de bandas. As novas versões foram produzidas por Max e Iggor, sendo gravadas no The Platinum Underground, em Phoenix, Arizona. O engenheiro de som responsável pela obra é John Aquilino, enquanto a mixagem e masterização. Até as icônicas capas foram recriadas com base nas originais pelo artista Eliran Kantor.  

Além das faixas já conhecidas pelo público, a dupla ainda fará duas adições às obras, sendo elas as inéditas Sexta Feira 13 e Burn The Dead.

Para o lançamento (ou seria relançamento?) os irmãos fecharam contrato com a gigante Nuclear Blast.

Tirando as polêmicas envolvendo a não participação de Jairo Guedz e Paulo Xisto por motivos mais do que óbvios, eis que este que vos escreve acrescenta mais uma questão a todo esse movimento dos Cavalera: Para que?

Sinceramente meus amigos, por mais que Max e Iggor estejam apenas exercendo o direito que lhes é inerente, uma vez que ambos comporão os clássicos presentes nas duas obras, por outro lado, não consigo enxergar de outra forma esse remake de última hora, senão, com olhos de oportunismo. Digo isso, pois até o surgimento do poderoso The Troops of Doom, ,projeto este, que tem como premissa reviver a atmosfera apocalíptica e única desta época em específico do Sepultura, nunca antes vira os Cavalera sequer cogitando a possibilidade que hoje já é uma realidade. O máximo visto até então era a dupla tocando uma faixa ou outra destes registros ao vivo…

Será que Max ao ver o crescimento e sucesso constante do The Troops of Doom, percebera que a fórmula de requentar o Roots inúmeras vezes na discografia do Soulfly (salvo alguns discos, como Archangel por exemplo) já esta há tempos saturada, decidindo assim, voltar os esforços para algo que fizera o grande público voltar os olhares ?

Mesmo que a opinião de quem escreve de nada valha, pelo menos fora assim que enxerguei toda essa situação. E sinceramente para um vocalista que vivia declarando que a ex-banda vivia do passado, a atitude de Max não vai muito distante das críticas que tece ao atual Sepultura, tendo realizado inúmeras turnês de celebração aos discos que lançou junto ao grupo, e agora a nova presepada.

E ainda afirmo que a justificativa para o remake de ambas as obras também não soam sinceras o suficiente. Reafirmo novamente, que já há uma banda no mercado que se prestou a trazer releituras de Morbid Visions e Bestial Devastation (excelentes, diga-se de passagem) e ela se chama The Troops of Doom. Que falta de timing hein dupla!

Não serei hipócrita ao dizer que não ouvirei o remake ou que o mesmo não me despertou interesse, porém, tendo em vista tudo o que Jairo Tormento Guedz e companhia vem apresentando no decorrer dos três anos de existência do projeto, creio que as novas versões destes clássicos incontestáveis do Sepultura ficarão bem abaixo das já apresentadas pelo The Troops of Doom , até mesmo se considerarmos o atual desempenho dos vocais de Max nos últimos tempos…

Mas vida que segue. Como mencionei acima, os irmãos estão em plenos direitos de fazer o que bem desejarem com a própria obra, mesmo que o resultado fique abaixo do que o publico já conhece pelo The Troops.

Vale lembrar que uma turnê para divulgar os remakes de Morbid Visions e Bestial Devastation já foi agendada. Sob o título de Morbid Devastation  a tour contará com Igor Amadeus Cavalera no baixo e Travis Stone do Pig Destroyer na guitarra. Exhumed e Incite também excursionarão junto aos Cavalera. Abaixo você confere as datas iniciais da turnê.

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