No início deste ano, os pioneiros alemães do power metal, Helloween, assinaram contrato com a Reigning Phoenix Music (RPM) para lançar seu próximo álbum de estúdio. Após o sucesso do elogiado álbum autointitulado de 2021, a banda entrou em estúdio no último verão europeu para trabalhar no que promete ser um novo capítulo empolgante, com lançamento previsto para 2025.

Em entrevista ao The Rockpit, o vocalista Michael Kiske deu detalhes sobre o andamento do álbum:

“Estamos trabalhando nisso. Estamos focados e vamos terminar”, comentou.

Kiske também revelou que irá para Tenerife, na Espanha, no início de janeiro, para gravar os vocais no Mi Sueño Studio, que pertence ao co-vocalista Andi Deris. Ele explicou o processo colaborativo, que inclui ajustar os arranjos vocais e finalizar as letras diretamente no estúdio:

“Às vezes, eles ainda precisam terminar as letras, mas aí a gente define quem canta o quê e experimenta algumas coisas”, disse Kiske.

O vocalista admitiu que a mudança temporária para um local ensolarado será muito bem-vinda:

“Estou animado, porque aqui na Alemanha está bem frio, cinza e escuro neste momento. Então, não me importo de voar para lá por algumas semanas.”

Em outra entrevista, dessa vez ao The Metal Command, Andi Deris compartilhou sua perspectiva sobre o novo material e comparou-o ao álbum Helloween de 2021:

“Eu diria que é muito mais fácil de ouvir, porque tem menos coisas complicadas. É mais natural, flui melhor, por assim dizer. É muito, muito positivo, então eu diria que é um álbum mais ‘happy, happy Helloween’ do que o anterior”, destacou.

Ele também comentou sobre a complexidade do álbum anterior:

“O último álbum, para mim, foi ótimo de ouvir – era intenso, pesado, tinha partes complicadas – mas depois de escutar, eu precisava de uma pausa. Era cansativo. Depois de ouvir Helloween, eu precisava de um descanso, para ser honesto. Eu amei e ainda amo, mas ele é exigente.”

Sobre o próximo trabalho, Deris prometeu uma energia diferente:

“Acho que este álbum será muito mais fácil de ouvir, mais divertido de cantar junto. Tem várias partes que convidam a isso. Eu descreveria como um álbum mais ‘happy, happy Helloween’. Acho que essa é a melhor definição.”

Deris atribuiu a leveza do novo projeto à confiança que a banda adquiriu desde o último álbum. Ele explicou que o processo de trabalho ficou mais eficiente:

“No último álbum, tivemos que nos conhecer nesse novo formato, com essa formação, entender como trabalhar juntos. Desta vez, percebemos que todo mundo tem ótimas ideias, então é só não controlar uns aos outros.”

A banda também aproveitou ao máximo a tecnologia moderna, com membros colaborando remotamente e usando ferramentas online:

“A internet é incrível. Você pode ter sessões ao vivo online, e isso facilitou muito a vida, porque todo mundo ainda está em casa”, explicou Deris. “Você trabalha duro, mas está no conforto do lar. E todos sabemos que, em casa, o trabalho não pesa tanto quanto estar no estúdio em algum lugar do mundo, longe da família.”

Essa abordagem permitiu um equilíbrio maior entre trabalho e vida pessoal, como destacou Deris:

“Você ainda trabalha duro, mas está em casa… você decide quando faz uma pausa, quando vai comer com sua esposa ou, no meu caso, desce até a praia.”

Manter os sete membros – Michael Kiske, Kai Hansen, Andi Deris, Michael Weikath, Sascha Gerstner, Markus Grosskopf e Daniel Löble – em sintonia tem sido um grande desafio. Deris destacou que o sucesso da banda vem do respeito às diferenças individuais:
“Acho que a única coisa que você precisa aceitar é que as pessoas são diferentes. Esse foi o principal problema que tivemos no passado, porque cada um esperava que o outro agisse e pensasse da mesma forma que você.”

Ele concluiu dizendo que a maturidade ajudou a banda a superar essas questões:
“Você precisa da experiência para aprender. Quando você entende isso, fica um pouco mais humilde, porque sabe que cometeu erros no passado. Se levar isso como base, tudo dá certo.”

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FONTE: METAL INJECTION