Em uma recente conversa com Niclas Müller-Hansen, do RockSverige, o ex-vocalista do Black Sabbath, Tony Martin, compartilhou suas ideias sobre a possibilidade de colaborar novamente com Tony Iommi.

Martin mostrou estar disposto a trabalhar com o icônico guitarrista, dizendo:

“Eu toparia, e já disse que, se ele quiser fazer algo, estou dentro.” No entanto, ele reconheceu que o desejo de Iommi de continuar criando música pode estar diminuindo. “Não acho que o Tony esteja realmente… Qual é a palavra? Acho que ele chegou ao ponto em que não sente mais necessidade de fazer essas coisas. Ele não precisa disso. Conforme você envelhece, e ele teve aquele problema com o câncer, ele definitivamente não tem mais interesse em sair em turnê. Ele até poderia fazer uma aparição aqui ou ali, mas não precisa, então não sei.”

Refletindo sobre a natureza passageira das oportunidades na indústria musical, Martin comentou:

“Eu gostaria, mas é uma dessas coisas… Enquanto todo mundo ainda estiver vivo, sempre há uma possibilidade. Quer dizer, em teoria, eles ainda poderiam trazer o Bill Ward de volta à banda e começar de novo. Quando as pessoas começam a partir, você não pode mais fazer isso. Eu já disse que não me importaria de fazer algo se eles estivessem interessados. Vamos ver como as coisas andam.”

Quando questionado sobre sua participação no box set Anno Domini 1989-1995, que destaca sua era com o Black Sabbath e foi lançado pela Rhino no dia 31 de maio, Martin esclareceu seu papel.

“Não. Eu não tive nada a ver com a montagem. Eles me avisaram que iam fazer e eu fiz algumas sugestões do que poderíamos incluir. Alguns materiais inéditos que eu tinha e que nunca haviam sido usados, mas eles não puderam fazer isso por questões contratuais, então não poderiam incluir nada que fosse considerado ‘novo Black Sabbath’, então tiveram que se concentrar no que já tinham.”

Apesar de não ter participado diretamente do processo de compilação, Martin elogiou o trabalho feito por Iommi e sua equipe.

“Eles me avisaram, mas fizeram tudo sozinhos, Iommi e seus engenheiros, e fizeram um trabalho realmente bom. Eu fui à casa dele há alguns meses e, ouvindo, fiquei tipo, ‘Caramba, está muito bom.’ E até ‘Forbidden’, eles remixaram e agora parece que amadureceu, se tornou adulto. Agora as músicas soam como as do Sabbath devem soar. Está mais baseado na guitarra e com um pouco menos de teclado, mas com a cara do Sabbath.”

Tony Martin esteve à frente do Black Sabbath entre 1987 e 1991 e, posteriormente, entre 1993 e 1996. Durante esse período, cinco álbuns de estúdio foram lançados com ele, sendo The Eternal Idol (1987), Headless Cross (1989), Tyr (1990), Cross Purposes (1994) e Forbidden (1995). Esses álbuns marcaram uma fase distinta do  Sabbath, com uma sonoridade que misturava elementos do heavy metal tradicional com influências mais melódicas e sombrias.

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FONTE: METAL INJECTION