Em uma conversa com a revista Metal Hammer essa semana, o guitarrista e vocalista Robb Flynn fez uma viagem no tempo, lembrando como era o começo da banda há três décadas.
“Ainda é uma cidade bem casca-grossa. Muita gente pensa: ‘Ah, é Califórnia’. E eu respondo: ‘É, mas é Oakland’.”
O Machine Head começou a tocar na região da Baía de São Francisco no início dos anos 90, numa época em que a área enfrentava problemas sérios: o crescimento urbano acelerado estava aumentando a desigualdade social e o número de pessoas em situação de rua – tudo consequência da gentrificação que já rolava com força nas grandes cidades.
Flynn nasceu numa área que hoje está cheia de prédios abandonados ou largados.
“Tem um bar chamado Merchant’s Saloon que existe há mais de 100 anos, com adesivos na janela dizendo ‘Nazistas não’ e ‘Cai fora’. Está lá desde 1916. É um boteco raiz mesmo. Tinha até um mictório que dava a volta no balcão, pro pessoal mijar ali mesmo e o xixi escorrer pra rua. É nesse nível de antigo.”
A trajetória do Machine Head teve início em locais modestos, como quintais residenciais, salões paroquiais e centros comunitários. Gradualmente, a banda conquistou espaço em casas noturnas voltadas ao thrash metal, marcando o início de seu reconhecimento no cenário musical. No entanto, os primeiros anos foram marcados por dificuldades, incluindo apresentações mal remuneradas em regiões de infraestrutura precária.
Durante esse período, o vocalista e guitarrista Robb Flynn conciliava a carreira musical com o trabalho em uma produtora de eventos, atuando na equipe de catering. Ele também revelou que, por um tempo, chegou a se envolver com a venda de drogas como forma de complementar sua renda.
Apesar das adversidades, o Machine Head consolidou-se como uma das bandas mais influentes do heavy metal originadas na Califórnia.
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FONTE: METAL INJECTION.