Quando o Dream Theater anunciou seu novo álbum, Parasomnia, os fãs já esperavam que viesse algo especial. Mas talvez o que ninguém estivesse esperando era o quão pesado o disco seria, especialmente comparado com os trabalhos mais recentes da banda.
Em uma entrevista recente com Dylan Gowan, do Banger TV, Mike Portnoy falou sobre essa intensidade renovada e como a banda resolveu apostar de vez no lado mais pesado do som deles.
“Às vezes as pessoas acabam esquecendo o quanto o lado metal é importante pro Dream Theater, principalmente comigo de volta na banda,” disse Portnoy (via Blabbermouth). “É algo essencial. Sempre foi. Se você pegar a primeira música do primeiro álbum, ‘A Fortune In Lies’, eu já tava mandando ver nas levadas thrash, pedal duplo… logo de cara.”
Segundo Portnoy, esse lado mais pesado sempre fez parte do DNA da banda, mesmo com toda a complexidade progressiva pela qual eles ficaram conhecidos.
“Sempre tivemos músicas assim — como ‘The Glass Prison’, ‘Panic Attack’ ou ‘A Nightmare To Remember’. Esse lado metal sempre foi uma parte enorme do nosso som e, pra ser bem sincero, acho que é um dos grandes motivos do nosso sucesso.”
Ele também destacou que o fato de a banda conseguir dialogar tanto com o público do metal quanto com os fãs de prog é uma das chaves para o alcance e a longevidade do Dream Theater. “Tem muitas bandas de prog ou prog metal que ainda são bem underground, tocam em lugares pequenos ou não vendem tantos discos… talvez justamente porque nunca exploraram muito esse lado mais metal.”
“O fato do lado metal ser tão forte no nosso som é o que coloca o Dream Theater no topo, em termos de vendas de ingressos e discos dentro do universo prog,” continuou Portnoy. “Acho que é esse lado mais pesado que faz a diferença. A gente consegue tocar em festivais gigantes de metal, tipo Aftershock, Louder Than Life, Hellfest ou Graspop… e isso diz muito sobre o nosso som. Mesmo sendo uma banda prog metal, a gente segura esse tipo de palco.”
Apesar do peso todo, Portnoy explicou que Parasomnia não foi planejado pra soar tão pesado assim — foi algo que aconteceu naturalmente.
“Na hora de compor o Parasomnia, a gente acabou indo pra esse caminho sem nem perceber. Talvez o tema mais sombrio — coisas como distúrbios do sono, pesadelos e afins — tenha puxado a gente nessa direção.”
E pra quem quer saber como esse novo álbum se compara com os anteriores, Portnoy deu um bom parâmetro:
“Se eu tivesse que descrever o Parasomnia pra alguém, eu diria que ele tem a escuridão e o peso do Train of Thought, com aquele toque mais cinematográfico do Scenes From A Memory.”
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FONTE: METAL INJECTION.