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Max Cavalera prepara novo álbum do Soulfly: “Um retorno ao espírito do primeiro disco”

Com a sequência de Totem já em andamento, Max Cavalera parece estar encarando a criação do próximo álbum do Soulfly de uma forma reflexiva, mas ao mesmo tempo revigorada. Em entrevista ao site MetalUnderground.com (via Blabbermouth), ele compartilhou uma atualização otimista sobre o processo.

“Estamos trabalhando no novo disco agora. Tá indo bem, cara. Estamos fazendo tudo com calma, do jeito certo. A gente tá na reta final das gravações e, depois, vamos começar a mixar e escolher as músicas que vão sair nas redes, no Spotify e tudo mais. Mas, sim, tô muito orgulhoso desse álbum.”

Segundo Cavalera, o direcionamento desse novo trabalho é um retorno consciente às raízes da banda:

“O disco tá muito legal. Pra mim, ele tem aquele espírito aventureiro do primeiro álbum [Soulfly, de 1998]. O som é bem diferente do primeiro — tá mais intrincado e, talvez, até mais pesado, com grooves mais fortes. Mas, em termos de espírito e atitude, lembra muito o começo, o que eu acho demais. Consegui de alguma forma me transportar mentalmente pra aquela época, pensar no que me fez criar aquele álbum e usar isso de novo agora. Foi bem divertido. É meio difícil fazer isso, mas achei que foi um desafio legal. Foi tipo: ‘Vamos tentar! Vamos ver se dá pra usar o seu primeiro álbum como inspiração pro décimo terceiro.’ [risos] E foi ótimo, cara. Adoro essa vibe que o disco tem.”

Enquanto álbuns anteriores como Dark Ages, Conquer e Omen seguiram por um caminho mais agressivo e puxado pro thrash, Cavalera vê esse novo trabalho como uma espécie de reencontro espiritual.

“Isso é o mais legal desse disco. De certa forma, é um retorno ao que fez eu e os fãs do Soulfly se apaixonarem pela banda lá no começo. Ao longo dos anos, vários álbuns tiveram vibes bem diferentes. Alguns foram mais pro thrash, como Dark Ages [2005], Omen [2010], Conquer [2008]… Então, pra mim, fazer um álbum que, sonoramente, se inspira no primeiro que você fez com a banda é um desafio — e é mesmo! Não é tão fácil quanto parece. Também não queria só copiar o primeiro disco, porque não faz sentido. A ideia é usar aquilo como inspiração. É uma inspiração total no metal. As músicas vão ter personalidade e vibe próprias. Mas, sim, tá ficando bem interessante. Tô animado pra ver o que os fãs vão achar.”

Sobre o lançamento, Cavalera comentou que a previsão é pra outubro, e que os fãs vão ter uma prévia do material novo na turnê europeia do Soulfly neste verão.

“Agora, acho que estamos mirando outubro. É o que estão falando. E temos uma turnê pela Europa que começa em junho e vai até o final de julho. Vamos tocar uma ou duas músicas do novo disco nessa turnê, o que acho ótimo. Sempre que tive a chance de fazer isso, foi muito legal. Lembro de ter tocado Primitive [faixa-título do segundo álbum do Soulfly, lançado em 2000] na turnê do primeiro disco, porque escrevi Primitive na mesma época que o primeiro álbum, mas não coube, tinha música demais. Então pensei: ‘Beleza, não preciso de mais uma música aqui.’ Mas aí, na turnê, pude tocar Primitive ao vivo antes mesmo do álbum sair, pra galera já ter um gostinho do que vinha por aí. É meio que a mesma ideia agora — o público vai ter um pouco desse novo álbum antes. Ainda mais hoje em dia, com internet, YouTube… A galera vai assistir, vai sentir o disco antes de outubro, com certeza.”

Vale lembrar que esse novo capítulo também será o primeiro da banda desde a saída do baixista Mike Leon, que deixou o grupo em abril. O impacto dessa mudança na química da banda ainda é incerto, mas, pelo que dá pra perceber pelas palavras de Cavalera, o décimo terceiro álbum do Soulfly tem tudo pra ser um dos mais introspectivos da carreira.

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FONTE: METAL INJECTION.

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