Segundo o guitarrista Jim Root, em entrevista ao podcast Turning Wrenches, a banda fez uma turnê pesada depois que o baterista Eloy Casagrande entrou, justamente pra “mostrar pra galera por que o Eloy agora faz parte do Slipknot”.
Como previsto, o público já compreendeu a relevância e a qualidade técnica de Casagrande na formação da banda. A partir de agora, o Slipknot concentra seus esforços na produção de um novo álbum, preferencialmente em um ambiente controlado, afastado das demandas e pressões das turnês.
“Pra mim, pessoalmente, é muito difícil ser criativo sabendo que tem uma turnê logo ali, batendo na porta. Eu preciso saber que tenho um tempo de folga, pra poder… Aqui atrás tá minha mesa, com os monitores de referência e o computador onde gravo. Preciso desse tempo pra sentar aqui, criar ideias, fazer camadas, arranjos, e mandar pro Corey, pro Clown, pra galera toda. Então, depois dessa turnê pela Europa, eu falei pro nosso empresário: ‘Cara, para de marcar show, chega.’ Eu entendo, é Slipknot — sempre tem proposta chegando. E é difícil dizer não, porque tem gente na banda, especialmente os mais novos, que precisa dessa grana, porque tem família pra sustentar.
Eles são músicos contratados da banda e a gente não quer que, quando acabar a turnê, eles tenham que voltar a trabalhar em outras coisas. Queremos que eles ganhem o suficiente pra que possamos continuar pagando e eles possam ir pro estúdio que o Clown gosta, pra criar, compor, trabalhar. E não dá pra fazer isso sem ter receita. Mas eu meio que bati o pé e falei: ‘A gente precisa parar, cara. Só parar.’ Porque eu quero escrever um disco. E a gente deve isso pro Eloy: temos que colocá-lo numa sala com a gente, começar a tocar, criar juntos, chamar todo mundo da banda, começar a bolar riffs e transformar isso em músicas. E, além disso, eu também preciso desse tempo pra sentar aqui na minha mesa e ser criativo. E essa vontade tá voltando.”
Jim continuou:
“Eu vi que rolou um post viral sobre mim… A imprensa sempre tira as coisas do contexto, né? E saiu aquela coisa: ‘Não esperem um disco tão cedo’. Isso foi falado meses atrás, lá em dezembro, na última turnê, quando eu tava exausto, em Londres, no final da turnê europeia de 2024. Mas agora não é mais o caso. Já tenho uns seis arranjos que acho bons o suficiente pra mostrar pro resto da banda. Eu não passo nada pra eles que eu não ache que merece estar num disco do Slipknot. E essas músicas estão num estágio que todo mundo pode colocar sua contribuição, levar pro próximo nível.
Agora, tô com seis músicas e trabalhando em mais quatro. E eu gostaria de ter entre 20 e 25 músicas antes de começarmos, de fato, a pré-produção, as reescritas, rearranjos e o Corey colocar as letras. Então, por enquanto, não tem turnê marcada. Provavelmente vai demorar um pouco até a gente fazer outra turnê nos EUA ou na Europa. A última que fizemos foi América do Sul e México, depois Austrália e Nova Zelândia… e, olha, isso me derrubou. Demorei quase um mês pra me recuperar — meu sono, principalmente. Só o fuso já acaba com você. A gente cruza a linha internacional de data, chega em casa antes de ter saído… são mais de 30 horas no ar, viajando.”
Posteriormente, Jim comentou que há a intenção de lançar algumas músicas inéditas antes do álbum completo, com o objetivo de oferecer aos fãs um material prévio enquanto a produção do disco não é finalizada.
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FONTE: METAL INJECTION.