Em entrevista recente ao Diario El Salvador, Dave Mustaine falou sobre as preocupações em relação à longevidade do metal. Ele reconheceu uma fase complicada nos anos 90, quando “muitos músicos tentaram entrar na comunidade do metal” sem realmente incorporar o espírito do gênero. Mustaine acredita que isso diluiu a cena, mas vê isso como um contratempo temporário. Ele está otimista sobre o estado atual do metal, destacando uma comunidade forte e apaixonada.
“Bem, eu acho que enquanto as pessoas fizerem bons discos, não há nada com que se preocupar. Passamos por um período nos anos 90 em que muitos músicos tentaram entrar na comunidade do metal e dizer que eram músicos de metal, mas não eram realmente; eles eram apenas músicos normais, e dava pra perceber, e isso realmente prejudicou nossa comunidade. Mas essas coisas se corrigem o tempo todo, e estou feliz em ver que a comunidade está forte agora,” disse.
Mustaine foi questionado no mês passado por Lucía Sapena, do canal Trece do Paraguai, sobre sua opinião sobre o estado atual da cena do Thrash Metal. Ele reconheceu os vastos e sempre crescentes subgêneros dentro do guarda-chuva do Heavy Metal, uma paisagem expansiva que parece deixá-lo focado principalmente na direção criativa própria do Megadeth.
“Bem, é difícil dizer como vejo o gênero, porque existem tantas subdivisões diferentes do heavy metal. Quando começou, era hard rock e depois veio o heavy metal, e então veio a Nova Onda do Heavy Metal Britânico, e então teve power metal e speed metal e thrash metal e black metal e white metal e death metal e core metal e true metal. Meu Deus, quantos metais é possível ter? Então, para mim, o que estou ciente é do que o Megadeth está fazendo.”
Sobre o contínuo sucesso da banda mesmo após décadas de existência, Mustaine afirmou:
“O segredo, eu acredito, é ser honesto consigo mesmo. E eu não tento agir como se fosse melhor do que outras pessoas, porque sei que não sou. Eu sei que existe um cantor melhor do que eu por aí. Eu sei que existe um guitarrista melhor do que eu por aí. Então, eu aprecio o que possuo, os dons que tenho. Eu aprecio os amigos que fiz e amo meu trabalho, então mal posso esperar para fazê-lo.”