O MSG Sphere, em Las Vegas, rapidamente se tornou um dos palcos mais comentados do mundo. Com suas telas de LED totalmente imersivas, tanto por dentro quanto por fora, a arena de US$ 2,3 bilhões vem redefinindo o conceito de show. Para muitas bandas, se apresentar ali não é apenas mais um compromisso na agenda — é um marco que coloca o grupo em um patamar de elite entre os grandes nomes da música ao vivo.

Até agora, poucos artistas tiveram a chance de subir ao palco do Sphere. O mais emblemático foi o residency do U2 em 2023, totalmente pensado para explorar o impacto visual do espaço. Outros gigantes, como o Metallica, já são apontados como possíveis próximos nomes a ocupar a arena. Mas nem todos estão impressionados com a proposta. Em entrevista a Eddie Trunk, o vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, deixou claro que a banda não tem interesse em se apresentar por lá.

Segundo Dickinson, o motivo é simples: os shows do Iron Maiden sempre foram sobre a conexão direta entre a banda e o público — e não sobre um espetáculo tecnológico que, em sua visão, pode acabar engolindo a música.

“Não. Isso não é o Maiden. O Maiden é sobre a relação entre a banda e o público, e o show, por mais elaborado que seja, é sempre um complemento do que fazemos. O Sphere, pelo que entendi… eu até entendo o que você fala sobre ser algo envolvente, imersivo e tudo mais, mas acho que a banda se sentiria muito desconfortável com essa ideia.”

Para o vocalista, a magia do Iron Maiden está na performance em si. O Sphere é, sem dúvidas, um feito tecnológico impressionante, mas, segundo ele, transforma os músicos em meros coadjuvantes dentro do próprio show.

“Nós corremos pelo palco, nos movimentamos o tempo todo. E lá no Sphere, qual seria o sentido disso? Qual seria o sentido? Na verdade, qual seria o sentido de estar lá, se você é uma banda?”

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FONTE: METAL INJECTION.