Ele se refere à profundidade sonora — aqueles detalhes e nuances que desaparecem quando uma faixa é comprimida para soar bem em alto-falantes de celular. Para Angelripper, isso é um problema sério.
“A maioria das pessoas ouve música no smartphone. A gente tem que comprimir tudo só pra conseguir ouvir as guitarras. Eu não escuto música no celular. Em casa, tenho meu amplificador hi-fi. Quando ouço música, quero a melhor qualidade possível.”
Essa posição está ligada à própria filosofia sonora do Sodom. No estúdio, a banda preza pelo processo artesanal e analógico. Tanto que o novo álbum foi gravado ao vivo no estúdio.
“Gravar de forma digital é barato. A gente gravou versões diferentes das músicas e depois escolheu as melhores na mixagem. Mas tem uma diferença enorme entre mixar a bateria de verdade e encher de samples, como muita banda faz. Colocam efeitos, triggers, e eu odeio isso! [risos] A gente conseguiu um som de bateria totalmente natural, que é o que eu mais gosto. Prefiro as baterias dos anos 80, que soam como baterias de verdade. Algumas bandas têm uma identidade no som da bateria, tipo o Venom. Aquilo é marca registrada deles.”
Ele continua:
“Gravar assim não é barato. Eu banquei tudo. Queria um som orgânico, real. Gravamos as guitarras no computador, mas com microfone no amp, como num show. Sei que muitos usam amps digitais como o Kemper. Tá tudo bem… mas não é o que eu quero.”
Em tempos de produção dominada por plugins e sons simulados, a postura de Tom Angelripper é quase um manifesto: uma defesa do metal autêntico, com som cru, direto e fiel às raízes.
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FONTE: METAL INJECTION
