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Gary Holt não esperava pela volta do Slayer: “Eu soube um pouco antes de todo mundo, mas fiquei surpreso”

Durante uma entrevista no podcast Talk Is Jericho, Holt, que também integra o Exodus, contou como esses shows aconteceram:

“Bom, já fazia anos, mas a gente ensaiou pra caramba pra esses shows. Nos dedicamos de verdade. Eu nunca parei. Estava em turnê [com o Exodus] um mês depois do último show do Slayer. Só a pandemia que me segurou um pouco. Então, eu estava afiado. Foi mais uma questão de relembrar o material mesmo.”

Sobre a decisão de reunir o Slayer o pegou de surpresa, o guitarrista afirmou:

“Com certeza. Tem gente que fala: ‘Ah, vocês planejaram isso desde o começo.’ E eu fico tipo: olha, eu soube um pouco antes de todo mundo, mas não fazia ideia há muito tempo. Fiquei sabendo com uma certa antecedência, deu pra sentar em casa e começar a estudar as músicas, porque queria estar bem preparado. Mas, sim, fiquei surpreso.”

Segundo Holt, as propostas pra reunir a banda provavelmente estavam rolando fazia um tempo.

“Tenho certeza que sempre teve oferta pra banda voltar, mas eles sentiram que era a hora, e eu tô mais do que feliz em fazer parte disso. E, pelo menos por enquanto, o esquema tem sido esse: [o Slayer tocar] um ou dois shows pequenos por ano, e tá tudo bem, porque eu tô 100% comprometido com o Exodus. Assim, consigo fazer isso e depois ir [com o Slayer] e tocar com pirotecnia, que, aliás, é uma coisa cara. O Exodus não usa pirotecnia.”

Pra ele, a preparação dessa vez foi bem diferente de antigamente. Ele contou ao Chuck Armstrong, do Loudwire Nights, em outubro do ano passado:

“Foi surreal. Foi incrível. A gente ensaiou muito, fizemos ensaio com produção completa. Antes, quando eu ensaiava com o Slayer, era numa salinha minúscula, com uns amplificadores pequenos. Agora foi massa porque pude tocar com o equipamento completo — três amplificadores, seis caixas, tudo ligado. E ainda redesenhei o equipamento com base no meu set do Exodus. Então ficou exatamente igual no som, só que três vezes maior, o que foi demais.”

Mas até os músicos mais experientes ficam nervosos.

“A gente ficou nervoso. O Tom [Araya, baixista e vocalista do Slayer] também ficou nervoso, mas ele mandou muito bem. Às vezes, você só precisa esquecer quanto tempo passou e deixar a memória muscular funcionar e simplesmente fazer. Eu só toquei uma música que nunca tinha tocado, que foi ‘213’. E ‘Reborn’ eu só tinha tocado, acho que, uma vez, então foi quase como se fosse nova. O resto foi só relembrar mesmo.” admitiu Holt.

Um dos shows, no festival Louder Than Life, acabou cancelado por causa de um temporal — algo que decepcionou banda e fãs.

“Mas foi espetacular”, disse Holt. “Perder o segundo show [no Louder Than Life] por causa do clima, com o finalzinho de um furacão, foi muito, muito chato, principalmente pros fãs que viajaram de longe. Conheci gente no aeroporto que veio da Inglaterra pra assistir. E eles estavam com uma atitude incrível. Obviamente, não foi culpa nossa. Tentamos de tudo. Mas não dá pra encarar rajadas de vento de 80 km/h. A equipe teve que evacuar tipo três vezes naquela tarde. A gente nem saiu do hotel.”

Mesmo com esse contratempo, os momentos no palco foram inesquecíveis.

“Mas foi incrível. Foi surreal. Foi aquele momento, sabe? A galera tava muito feliz. E a gente também, tava tudo certo”.

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FONTE: METAL INJECTION.

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