O Linkin Park recrutou Emily Armstrong, vocalista da banda Dead Sara, para liderar a nova formação, que lançará o novo álbum, From Zero, em 15 de novembro.
Em uma longa entrevista para a Billboard, o baixista Dave “Phoenix” Farrell disse que demorou um tempo para que as coisas voltassem a fazer sentido para ele. Farrell comentou que Armstrong e o novo baterista, Colin Brittain, completam o Linkin Park novamente e que ele se sente revigorado com essa nova fase da banda.
“É tão divertido olhar para isso agora, mas durante o processo, a gente não sabia onde ia dar. Eu sinceramente não sabia se isso ia ser algo completamente diferente do Linkin Park ou uma nova versão dele. Na minha cabeça, eu me fechava quando começava a me perguntar: ‘Ok, se isso é novo, como a gente toca as músicas antigas?’
Mike (Shinoda) falou antes sobre ele continuar fazendo música (após a morte de Bennington) — eu fui o oposto. Por muito tempo, eu pensei: ‘Não quero fazer música. Isso dói. Quero evitar isso.’ Demorou para chegar ao ponto em que eu comecei a sentir que isso, na verdade, me dava energia. E essa foi a mudança para mim, quando passou de: ‘É o Linkin Park? É outra coisa?’ Emily parece Linkin Park, Colin parece Linkin Park. Nós seis trabalhando juntos, resolvendo as coisas — isso dá energia, e eu quero continuar. Era como recarregar uma bateria, em vez de esvaziá-la.”
Shinoda depois explicou a decisão de continuar como Linkin Park e como o álbum From Zero foi criado. Ele também comentou que, inicialmente, queria que o grupo fizesse alguns shows com vários vocalistas diferentes, mas Farrell se opôs, argumentando que isso seria um jeito “meia-boca” da banda voltar.
“Conforme as músicas foram tomando forma, o DNA da banda estava muito presente nesse trabalho. Chamar isso de outra coisa seria estranho e enganoso. A gente ensina nossos filhos que quando caem, precisam se levantar e tentar de novo, certo? A ideia de fazermos outra coisa, com esse grupo de pessoas e o som dessa música, seria como uma desistência, de certa forma. Odeio usar a palavra ‘covarde’, mas pareceria que estávamos apostando de forma insegura.
No início, acho que estava só jogando ideias no ar, e pensei: ‘Se fizermos alguns shows ou algo assim, talvez tenhamos algumas pessoas diferentes cantando.’ Porque não estávamos totalmente comprometidos [com uma nova formação] ainda, e naquele ponto, eu não queria colocar expectativas muito altas na Emily. Mas era uma ideia real: ‘Talvez seja um monte de gente no palco.’
E então o Dave foi um dos primeiros a dizer: ‘Não quero fazer nada pela metade. Se vamos fazer algo, que seja com coragem. Se as pessoas não gostarem, e daí? Contanto que a gente goste, e tenha confiança, então vamos fazer isso com ousadia!’ E foi isso que fizemos, e é por isso que me senti tão empoderado quando estávamos fazendo o álbum — para pensar: ‘Isso é uma música do Linkin Park.'”
Shinoda também falou sobre a ausência do baterista Rob Bourdon, que tocou com o Linkin Park durante toda a carreira da banda, e mesmo antes disso, quando ainda se chamavam Xero. Bourdon simplesmente quis se distanciar do Linkin Park, e acabou se afastando de tudo relacionado à banda.
“O Rob nos disse, em certo momento, acho que já faz alguns anos, que queria se afastar um pouco da banda. E a gente entendeu isso — já era algo evidente. Ele começou a aparecer menos, a estar menos em contato, e eu sei que os fãs notaram isso também. No relançamento de Hybrid Theory e no lançamento de Papercuts, ele não apareceu em nada. Então, para mim, como amigo, isso foi triste, mas ao mesmo tempo, quero que ele faça o que o deixa feliz, e obviamente todos desejam o melhor para ele.
Eu já tinha feito sessões com o Colin — conheci ele por volta de 2021, quando fui convidado para uma sessão com alguns compositores diferentes, e o Colin era um dos caras na sala, e imediatamente nos demos bem. Ele toca bateria nos shows ao vivo, e bateria é o primeiro instrumento dele, mas ele também toca guitarra, baixo e teclado, e ainda produz e mixa. Temos uma visão similar sobre música, de começar do zero, e gostei muito de trabalhar com ele e trocar ideias.
Não sei se alguma dessas músicas vai ser lançada, mas fizemos algo com grandson, Bea Miller, Sueco — só de estarmos juntos na sala criando coisas. E quando o Linkin Park começou a criar, para seja lá o que fôssemos fazer, foi tipo, ‘Ah, Colin. Estamos criando. Você devia vir também.'”
Para apresentar a nova frontwoman da banda e proporcionar um pequeno aperitivo do que os fãs podem esperar do retorno do grupo, o Linkin Park realizou uma live stream oficial no Youtube, lançando em seguida o primeiro single da nova fase, The Emptiness Machine, que você confere abaixo.
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