Scott Ian é conhecido por suas habilidades formidáveis de ritmo no Anthrax, mas se sentiu intimidado quando o Mr. Bungle fez um cover de Loss of Control do Van Halen. A banda, liderada pelo carismático Mike Patton e com o ex-baterista do Slayer Dave Lombardo, tocou a faixa durante seu concerto transmitido ao vivo em 2020, posteriormente lançado como The Night They Came Home.

Refletindo sobre a experiência em uma conversa com Don Jamieson, Ian compartilhou suas impressões sobre a energia única que Patton trouxe para sua versão (segundo transcrição do Ultimate Guitar):

“Não preciso elogiar o Mike Patton. Todo mundo conhece o talento dele, eu presumo. Mas, caramba… Quero dizer, ele está canalizando algo quando tocamos aquela música. Você fecha os olhos e é intenso. É louco.”

Ian, que se autodenomina um guitarrista “caveman”, admitiu sentir a pressão de tocar os trechos de Eddie Van Halen.

“Quando estávamos fazendo aquele streaming ao vivo, eu estava realmente nervoso”, confessou. “Olha, eu sou meio que um guitarrista de ritmo ‘caveman’. E de repente, estou desafiado com ‘tenho que tocar alguns trechos do Eddie’.”

Apesar dos nervos, Ian encontrou conforto na essência metal de Loss of Control.

“Mas aquela música é provavelmente a mais metal do catálogo do Van Halen. Isso é bem dentro do meu estilo, é acelerada e tudo mais. E Lombardo simplesmente arrebenta. Ainda não consigo acreditar. Eu escuto aquilo o tempo todo. Não acredito que faço parte disso. É tão bom. [Risos]”

Durante a entrevista, Scott também mencionou seu projeto paralelo, Motor Sister, uma banda formada em 2014 que presta homenagem ao rock clássico. Com a participação de sua esposa Pearl Aday, o Motor Sister permite a Ian explorar suas raízes na música rock dos anos 1970.

“Somos todos rock dos anos 70. Comecei a tocar guitarra em ’73. Todos os meus anos formativos tocando guitarra são de bandas de rock dos anos 70”, explicou Ian. “Então, tocar no Motor Sister… Porque, essencialmente, somos uma banda dos anos 70 que não necessariamente soa exatamente como qualquer banda dos anos 70. Não somos uma daquelas bandas tipo ‘Ah, sim, eles só parecem uma banda cover ruim do Led Zeppelin’ ou ‘Eles soam como uma versão inferior do AC/DC’. Nós soamos como uma banda dos anos 70 sem parecer algo específico. E isso é a mágica de Jim Wilson.”

Para Ian, o Motor Sister é um tributo à música que moldou seus primeiros anos.

“Mas todos os meus anos formativos, estou tocando AC/DC, Thin Lizzy, Ramones, Kiss, Aerosmith, Led Zeppelin, Free e Bad Company. E é isso que o Motor Sister é. É tudo isso.”

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Fonte: Metal Injection