Chris Barnes já teve vários parceiros de composição no Six Feet Under ao longo dos anos, desde o guitarrista original Steve Swanson e Rob Arnold (do Chimaira) até Phil Hall (do Municipal Waste) e até mesmo seu ex-colega de Cannibal Corpse, Jack Owen (que continua na banda). Em uma nova entrevista com Chris Garza, Barnes falou sobre as diferentes formas como já trabalhou na criação dos vocais ao longo dos anos – incluindo o fato de que, no álbum mais recente do Six Feet Under, Killing For Revenge (leia a resenha completa aqui), ele praticamente não precisou compor nada.

Além disso, o grupo já tem um novo álbum finalizado, apesar de Killing For Revenge ainda não ter completado um ano desde seu lançamento. Isso foi possível graças à produtividade de Owen.

“Foi interessante trabalhar nesse álbum porque foi a primeira vez que eu não escrevi as letras. O que rolou foi que eu falei pro Jack: ‘Cara, me diz onde você quer os vocais em cada música.’ Porque, como vocalista, às vezes eu coloco os vocais em lugares que o guitarrista ou o compositor nem esperava. Lembro do [ex-guitarrista do Six Feet Under, Steve Swanson] falando pra mim: ‘Eu não esperava que você fosse colocar vocais nessa parte.

Aí já tive parceiros de composição, como o Rob Arnold, que fazia um roteiro bem estruturado. Ele colocava no papel algo tipo: ‘De 1 minuto até 1 minuto e 30 entra vocal’, e fazia isso pra todas as músicas. Isso era bem interessante pra mim, uma forma nova de escrever.”

“Então eu falei pro Jack: ‘Só me diz onde você quer os vocais, porque eu sei que se eu colocar onde acho melhor, pode ser que você não goste.’ Até falei: ‘Se quiser, faz uma gravação básica com uns sons aleatórios só pra mostrar onde você imagina os vocais.’ Foi assim que fizemos no Crypt Of The Devil: o Phil Hall fez uma gravação cheia de palavras sem sentido, só pra dar uma referência, e aí eu escrevi as letras a partir disso. Foi uma experiência bem diferente, criar letras em cima de um monte de palavras aleatórias.

Com esse álbum mais recente, falei pro Jack como eu já tinha trabalhado antes com outros compositores. De repente, ele me manda uma demo com os vocais já prontos, com todas as letras escritas. Eu fiquei tipo: ‘Pô, isso facilitou muito minha vida, né?’ Aí falei: ‘Deixa pelo menos uma música pra eu escrever a letra.’ Mas depois acabei revisando e ajustando algumas partes pra deixar as histórias mais conectadas.

Assim que ele terminou o Killing For Revenge, ele já me mandou um álbum inteiro novo, com letras e tudo pronto. Se quisessem, podíamos ter lançado outro disco cinco minutos depois, porque já estava tudo finalizado. Ele é muito produtivo, um ótimo compositor e letrista. Desde os tempos de [Eaten Back To Life, de 1990], no Cannibal Corpse, ele já fazia isso. Ele escreveu a primeira parte de ‘Shredded Humans’ e depois falou: ‘Beleza, agora termina aí.’”

E você amigo leitor, ansioso por mais um pedrada podre de Barnes e Owen?

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FONTE: METAL INJECTION